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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Porão da alma.



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Queria... Abrir a porta do porão que provavelmente há na minha mente, que guarda as coisas que eu fui e as coisas que eu sou. Tô sentindo falta de uma explosão de inspiração que me obrigaria a parar tudo que estava fazendo só pra pegar um rascunho qualquer e um lápis na mão e começar a escrever sem ver pra quê. Não sei se é a própria falta de tempo ou atenção que eu to tendo/dando para minha alma ou se é a preguiça que to tendo de surpreender a mim mesma. Acho que perdi a empolgação em mim, to menos apaixonada, tô me querendo menos, to menos alucinada pelas coisas que costumo fazer, to dando menos importância pro que faço ou não.
 Andei desconhecendo aquele velho brilho colorido de criatividade que transbordava nos meus dedos. Andei precisando disso tudo...
Então eu sentei e resolvi pensar sobre aquilo que eu dizia ser a única coisa que tenho medo; Perder-me!  Perder-me seria basicamente “desaprender” tudo que eu sei ser. Deixar a minha alma fugir do meu controle ou do meu corpo. Perder – me é ver que o ser que eu me tornei não é o que eu era, nem o que eu queria me tornar. Tô me sentindo leve, não porque necessariamente estou me sentindo bem, mas porque to sentindo falta de alguém ocupando meu corpo.